Caras leitoras e leitores,

É com grande prazer que abro este espaço para discutirmos um aspecto crucial de nossas vidas: nossas finanças. O trato com o dinheiro, que tanto batalhamos para obter, muitas vezes parece ter um caminho fácil de saída de nossas mãos. Nesta coluna, exploremos como é o nosso relacionamento com o dinheiro. Sim, todos temos um, mesmo aqueles que abdicam desse recurso estão escolhendo uma forma de lidar com ele.

Antes de mais nada, permitam-me uma breve apresentação. Meu nome é Gabriel Madona e sou um dos sócios da Phygo Gestão de Ativos, uma empresa dedicada a gerenciar carteiras de investimentos para que você possa ter uma vida financeira da qual se orgulhe. Além disso, atuo como diretor financeiro na empresa.

Passadas as apresentações, gostaria de compartilhar com vocês como é meu relacionamento com o dinheiro. Para mim, o dinheiro possui um único significado: é um intermediador entre o que tenho e o que quero ter, ser e fazer. Sei que pode parecer clichê dizer que o dinheiro não deve ser o fim de nossos esforços profissionais; no entanto, isso é fundamental. Ver o dinheiro como o fim provavelmente indica uma obsessão, o que não é saudável. Eu vejo o dinheiro como um veículo, um direcionador para alcançar meus objetivos.

Essa visão não surgiu do nada; é fruto de uma longa jornada de aprendizado, que começou na minha educação familiar. Estudos demonstram que a educação financeira familiar influencia significativamente como lidamos com o dinheiro. Os exemplos que vivenciamos de nossos pais, avós ou qualquer outra figura de referência impactam diretamente esse tema em nossas vidas. Comigo não foi diferente. Segundo o estudo “The Impact of Financial Education on Household Financial Management in Canada”, a educação financeira na infância tem um impacto duradouro na forma como gerimos nossas finanças na vida adulta.

Desde pequeno, saber gastar o que tínhamos da melhor forma possível sempre foi uma pauta importante em casa. Meus pais, que me tiveram pouco antes de atingir a maioridade, aceleraram suas vidas adultas para sustentar uma família. Eles fizeram um excelente trabalho, saindo de uma situação difícil para uma vida confortável e próspera. Acompanhei e participei dessa ascensão, aprendendo muito ao longo do caminho. Sendo o primeiro de três filhos, passei por todos os momentos e posso afirmar que os estudos estavam certos: grande parte do que sei e entendo de finanças veio dessa criação, complementada pelo meu interesse no tema.

Se eu pudesse resumir o que vivenciei em três pilares fundamentais, seriam:

Não gaste mais do que ganha, de preferência até menos. Esse princípio norteia meus hábitos financeiros. Quando você controla seus gastos, sente-se no comando e observa um crescimento pessoal significativo.

Dinheiro não nasce em árvore; é preciso trabalhar para conquistá-lo. Este pilar valoriza o trabalho duro e inteligente. Não basta se esforçar; é necessário direcionar os esforços de maneira eficaz. Busque sempre conhecimento.

O futuro é uma caixa de surpresas; esteja preparado. Este pilar já me livrou de muitas dificuldades. É importante ter planos e alternativas para quando as coisas não saem como esperado.

Esses pilares não se aplicam apenas ao dinheiro, mas a qualquer recurso, como o tempo. Assim como com o dinheiro, não podemos gastar mais tempo do que temos, e desperdiçá-lo gera a mesma frustração de não ter dinheiro.

Dinheiro não é apenas um número na conta do banco ou um papel na carteira. Ele reflete como encaramos a vida e pode ser um indicador de como estamos nos saindo. Nosso relacionamento com o dinheiro é um reflexo de nossos valores, disciplina e planejamento. Portanto, convido você a refletir: como você encara o dinheiro em sua vida? Se leu até aqui, encorajo você a compartilhar sua visão. Deixe um comentário em nossas redes sociais sobre como você lida com suas finanças. Juntos, podemos aprender e crescer, transformando nossas vidas financeiras para melhor.