Estava eu matutando sobre que tema abordar, quando chega esse case pra mim, com a seguinte observação: “você pode usar no seu próximo periódico (quem ainda fala assim? Lol) da TPM”. Pois então, que seja feita a vossa dica!!! Vamos de case de novo?
Esse case é muito bacana para essa coluna, e para a sequência dessa conversa, pois fala do valor intangível da marca, ou, percepção minha, fala do que está além do que parece essencial no produto ou serviço. Segue o fio para entender…
O case chamado de “Pepsi Challenge” foi mais um momento emblemático da disputa entre Coca-Cola e Pepsi em 1975, época em que as duas gigantes em meio a um embate acirrado (parece com os tempos atuais, né não?!), buscavam aumentar suas fatias de mercado. A estratégia ousada e inovadora partiu da Pepsi, mas, os melhores resultados, arrisco dizer (sem ser fã da marca – quem me conhece sabe que sequer bebo refrigerante), quem colheu foi a Coca-Cola.
O que foi o Pepsi Challenge?
Uma campanha lançada pela Pepsi que convidada os consumidores a uma degustação às cegas, comparando as duas bebidas. Simples, né?! Mas, o impacto foi gigantesco. E sabe por qual motivo? A Pepsi ficou em evidência, os consumidores às cegas, em sua maioria, escolhiam a Pepsi como o melhor sabor… a participação da Pepsi aumentou, ou seja, o objetivo da Pepsi parecia ter sido atingido. Mas, gigante que é gigante reage. Foi aí que a Coca-Cola resolveu ousar, para além do que todos pudessem imaginar, e para além de qualquer decisão confortável, lançando a campanha “Coca-Cola Classic/New Coke” em que anunciou que estava mudando a fórmula secreta de seu produto. O efeito disso? Clientes se sentindo traídos, muitas ligações para a empresa e até a criação de uma organização para protestar a respeito da mudança da fórmula, pois, sentiam que estavam perdendo uma parte de si, uma vez que a Coca-Cola para eles representava lembranças de primeiros encontros, reuniões familiares, dias de tradição, em resumo: memórias! As vendas, claro, dispararam.
Tá. Você pode estar se perguntando onde exatamente estou querendo chegar?!
Explico:
- Comunicação e marketing são fundamentais, muito mais do que para todos os motivos que já comentei em texto anteriores, mas, para construir uma identidade autêntica e, se conseguirmos, chegar no patamar Coca-Cola – clientes fãs/clientes defensores. Não sei se você tá pensando em outra marca que alcançou esse patamar, mas, me veio imediatamente a Apple e todos os iPhone maníacos (tô sempre provocando e falando do quanto acho melhor os Samsung… hauahauhauh).
- A importância de reagir a um movimento do concorrente com velocidade, com ousadia e pensando fora da caixa.
- Mas, o principal: lembre-se de que o que você vende está além do produto/serviço. Ou isso, ou você será só mais um na multidão. Proporcionar experiência, que fala?!
Reflita:
Você tem ouvido e testado com o seu público (vide o que fez a Pepsi)?
A sua empresa tem inovado quando o ritmo desacelera (se em 1975 as empresas tinham que fazer, imagine em pleno 2025)?
Como seu produto ou negócio se comunica emocionalmente com o seu consumidor?
E a pergunta de milhões: o que você está vendendo além do produto ou serviço?
Dá trabalho, né?! Pois é… mas, empreender é isso mesmo, um leão por dia! Vamos em frente!
Deixa seu comentário e me conta se você é um fã defensor de uma marca. Nos vemos logo mais…