Antes de tratar do tema “objetivos e metas” para uma vida financeira mais tranquila, achei por bem refletir acerca do preço que pagamos para alcançar o patamar que desejamos na vida. Além disso pretendo explorar o oposto, quanto custa para deixar esses objetivos de lado; a ideia é fazer um paralelo sobre essas duas alternativas.
Pensar em formar uma fortuna está intimamente atrelado a um esforço consciente e árduo para a maioria de nós. A mera percepção dessa dificuldade pode ser responsável pela desistência de muitas pessoas em buscar uma vida mais próspera. No entanto, essa desistência vem acompanhada de uma série de incertezas, diferentemente da estabilidade que cogitamos ao pensar em deixar as coisas como estão. E é sobre isso que vamos abordar hoje.
Diante do desafio de conquistar sua própria tranquilidade financeira, é comum se pegar pensando que talvez a vida fosse mais feliz se não fosse tão “ambiciosa”. Mas você já parou para pensar que a atitude de não tomar uma ação vem acompanhada de uma série de riscos? Qual é o preço pago pela inércia diante do viver? Imagine que você acabou de se formar e conseguiu um belo emprego, sente-se realizada e tudo em sua vida parece funcionar. O que muitas pessoas poderiam pensar diante disso é: “hora de aproveitar a vida”, “já tenho tudo que preciso para viver”. Será?
A grande questão aqui é como estará essa realidade depois de 5, 10 ou 20 anos. Muitas coisas podem acontecer que perturbam essa vida “perfeita”, desde problemas pessoais inesperados, como uma doença, até questões que não atingem diretamente, mas que influenciam sua vida, como uma crise econômica na Europa ou até mesmo uma guerra em outro continente. Permanecer estagnada em relação à vida pode resultar em consequências devastadoras. A falta de um plano financeiro pode deixar você vulnerável a emergências, incapaz de lidar com imprevistos ou aproveitar oportunidades que surgem.
O preço da tranquilidade financeira é a vigilância e preparação contínua e ininterrupta. Isso não significa perturbar suas conquistas, mas, sim, encontrar a medida certa para alcançar o patamar desejado e se manter lá. A falta de ação diante de conquistas importantes por achar que já chegou lá é o maior vilão. É necessário adotar uma mentalidade de crescimento contínuo, em que cada passo é cuidadosamente planejado e executado com precisão.
Tranquilidade financeira não é um estado, mas um constante movimento de adaptação. Isso significa monitorar regularmente suas finanças, ajustar seus planos conforme necessário e estar sempre pronta para aprender e evoluir. O preço da tranquilidade é mais barato que o da acomodação, pois, enquanto a acomodação te deixa vulnerável, a vigilância te dá poder e controle sobre seu destino financeiro.
Refletir sobre a ambição pela vida é essencial. Não se trata de despertar a ganância, mas de cultivar uma paixão pelo fazer e pelo ser que te mantenha sempre ativa em relação a sonhos e objetivos. Use sua energia vital para moldar o mundo ao seu redor como bem entender, sempre preparada para superar os desafios que a vida lhe apresentar. A verdadeira tranquilidade financeira é a que vem da preparação e do compromisso constante com o seu próprio crescimento e segurança.
Reflita sobre o que realmente deseja alcançar e lembre-se: a mulher pode usar sua energia vital para moldar o mundo à sua volta como bem entender, desde que esteja sempre preparada para superar os desafios da vida. A tranquilidade financeira é um caminho contínuo de aprendizado e adaptação, de forma que a segurança e a prosperidade caminham lado a lado com a vigilância e a ação.