Psicodiagnóstico, que é? Para que serve? A quem se aplica?

Hoje vamos pensar a cerca de um tema atualmente mais falado mas que ainda não é claro pra muita gente, o psicodiagnóstico.

O psicodiagnóstico começa quando a pessoa percebe que alguma coisa está disfuncional em seu cotidiano. Mas antes disso, precisamos entender de onde vem essa análise.

Psicodiagnóstico ou diagnóstico psicológico é uma disciplina metodológica que tem o objetivo de utilizar uma série de instrumentos capazes de registrar, avaliar e medir características e mudanças ao longo da vida do indivíduo, a fim de oferecer uma previsão e acompanhamento do desenvolvimento, auxiliando a escolha do melhor tratamento.

Essa metodologia é comumente empregada, por exemplo, em diagnósticos de TDAH ou Autismo.

Indivíduos autistas ou neuroatípicos sofrem dificuldades e necessitam compreender o funcionamento do seu cérebro, para que, dessa forma, seja possível uma vida mais funcional e saudável. São diversas as dificuldades que um transtorno acarreta na vida de uma pessoa, um deles é o prejuízo social, com dificuldades na comunicação verbal, o que muitos acreditam que seja apenas uma dificuldade na fala, mas podem ser imperceptíveis também, como transtornos de linguagem, fluência ou da comunicação social.

Outro prejuízo comum é a hiperatividade, sintoma esse que se destaca em hiperatividade motora nos meninos e nas meninas que, muitas vezes, necessitam de uma investigação mais minuciosa, pois é mais comum a hiperatividade mental.

A sobrecarga cognitiva, presente nos dois transtornos acima citados, também acarreta sofrimento ou desordem, quando não identificada ou manejada de forma efetiva. Um exemplo de manejo e regulação são as chamadas cabines de descompressão, já utilizadas por diversas empresas. Essas salas, cabines ou espaços, possibilitam que o indivíduo fique em silêncio, com baixa luz e poucas pessoas, para regulação de crises e sobrecarga cognitiva, evitando crises emocionais e comportamentos agressivos.

Um transtorno de neurodesenvolvimento dificilmente encontra-se sozinho. Na maioria dos casos vem acompanhado de outros transtornos, que chamamos de comorbidades. Podemos elencar os mais clássicos, como o TAG – Transtorno Generalizado de Ansiedade, o TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, distúrbio do sono, alcoolismo, dislexia, compulsão alimentar, entre outros.

O psicodiagnóstico é necessário para facilitar o acesso do próprio autoconhecimento de forma minuciosa e singular do funcionamento de cada indivíduo. Essa avaliação deve ser feito por um profissional habilitado e capacitado, para que dessa forma seja desenvolvido e planejado a melhor estratégia de tratamento.

O psicodiagnóstico vai muito além de nomear uma pessoa dentro de um termo ou categoria, muito além disso, ele trará uma maior compreensão e vai auxiliar o paciente no processo de autoconhecimento e uma vida mais funcional.

Ainda existe muito preconceito e tabus acerca do tema saúde mental e psicodiagnóstico. Se você perceber alguma dificuldade ou prejuízo social, emocional ou nas atividades cotidianas, não hesite em pedir ajuda e buscar tratamento e avaliação psicológica. O psicólogo é o profissional apto para avaliar, tratar e, se preciso, encaminhar para outro profissional, de acordo com a demanda apresentada.

Não devemos (e muito menos queremos) ser os mesmos o resto da vida. Aliás, uma das coisas mais interessantes em estarmos vivos são as experiências e os aprendizados que nos permitem crescer ao longo de toda a nossa trajetória. Portanto, invista em você e na sua evolução.

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